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Gesso Agrícola e seus benefícios
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O gesso agrícola (sulfato de cálcio) é um condicionador de sub-superfície, aplicado para reduzir a saturação de alumínio do solo, além de fornecer cálcio e enxofre nas camadas mais profundas do solo, abaixo de 20 cm. Este pode ser de origem natural, quando é obtido da rocha denominada Gipsita, oriunda de jazidas localizadas na região Nordeste do Brasil ou de forma sintética quando é obtido através dos processos de fabricação do ácido fosfórico que, por sua vez, é utilizado na fabricação do Superfosfato Triplo (STP) (Borkert, Pavan e Lantmann, 1987).
Utilizado como condicionador de solos, contendo garantia mínima de 16% de Cálcio e 13% de Enxofre (Ministério da Agricultura, 2018), o gesso penetra nas camadas mais profundas do solo, devido a sua alta solubilidade (cerca de 150 vezes superior ao calcário) (Vitti e Priori, 2009), permitindo um maior desenvolvimento de raízes nas camadas mais profundas. Devido novamente a sua alta solubilidade, o gesso agrícola dispensa a incorporação aos solos, podendo ser aplicado superficialmente, solubilizado e incorporado apenas pela chuva. Além de fonte de nutrientes, o gesso também neutraliza o alumínio, indisponibilizando-o para as raízes, mas sem alterar o pH como o Calcário (Casale, 2013).
O aumento de Cálcio e Enxofre em profundidade nos solos, através do gesso agrícola, favorece o crescimento de raízes (Ritchey et al., 1982), aumenta o vigor das plantas e consequentemente produtividade. Além disso, uma planta com um bom desenvolvimento radicular, em quantidade e uniformemente no perfil, possui uma boa capacidade de captação de água no solo mesmo em momentos de "veranico", evitando grandes perdas de produção por déficit hídrico (Caires et al., 2004).
Referências:
CASALE, H. 2013. Gesso agrícola lixivia nutrientes: há razões para preocupação? Visão Agrícola, Piracicaba, n. 12, p. 23-24.
BORKERT, C. M.; PAVAN, M. A.; LANTMANN, A. F. 1987. Considerações sobre o uso de gesso na agricultura. Informações Agronômicas, No. 40/Dezembro/1987. EMBRAPA. 4 p.
CAIRES, E.F.; KUSMAN, M.T.; BARTH, G.; GARBUIO, F.J.; PADILHA, J.M. 2004. Alterações químicas do solo e resposta do milho à calagem e aplicação de gesso. Revista Brasileira de Ciência do Solo, Viçosa, v.28, n.1, p.125-136.
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA. BRASIL. 2018. Instrução Normativa nº 39, de 08/08/2018. Disponível em: <http://www.agricultura.gov.br/assuntos/insumos-agropecuarios/insumos-agricolas/fertilizantes/legislacao/in-39-2018-fert-minerais-versao-publicada-dou-10-8-2018.pdf>. Acesso em 19 nov. 2018,
RITCHEY, K. D.; SILVA, J. E. & COSTA, V. F. 1982. Calcium deficiency in clayey B horizons of Savannah Oxisols. Soil Science, Baltimore, v.133, p.378-382.
VITTI, G. C.; PRIORI, J. C. 2009. Calcário e gesso: os corretivos essenciais ao plantio direto. Visão Agrícola, Piracicaba, v. 6, n. 9, p. 30-34.
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